Escrito por Flávio P. BrandtRevisado pelo Dr. Alexandre Naime Barbosa Tema de constantes atualizações, o manejo da sepse e choque séptico teve novas diretrizes publicadas no final de 2021, através do Surviving Sepsis Campaign 2021 (SSC 2021).1 Sepse, de acordo com o Terceiro Consenso Internacional para Definição de Choque e Choque Séptico (Sepsis-3), refere-se à condição clínica de disfunção orgânica ameaçadora à vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção, enquanto o choque séptico é resultado da evolução da sepse para condição de anormalidades subjacentes vasculares, celulares e metabólicas com significativo incremento na mortalidade, clinicamente definido por sepse associada à hipotensão persistente e com necessidade de vasopressores para manutenção de uma pressão arterial média (PAM) acima de 65mmHg, além de níveis de lactato sérico acima de 2 mmol/L a despeito de uma adequada ressuscitação volêmica.2 Para uma breve e objetiva leitura sobre o assunto, como disposto no SSC 2021, a respeito do manejo de sepse e choque séptico, seguem abaixo as principais recomendações do guideline, subdivididas em 3 grandes tópicos: avaliação e medidas iniciais; terapia antimicrobiana; manejo hemodinâmico. Avaliação e medidas iniciais no manejo da sepse e choque séptico: Não é recomendado o qSOFA como ferramenta única de…...