Escrito por Flávio P. Brandt| Revisor Dr. Alexandre Barbosa Naime A sepse, uma síndrome de anormalidades bioquímicas, fisiológicas e patológicas induzidas por infecção, é um assunto de importância global, e cuja incidência tem crescido ao longo dos anos, refletindo não só o envelhecimento médio populacional e consequente maior suscetibilidade a agravos de saúde, como também a melhora em seus métodos de diagnóstico decorrentes dos avanços na sua compreensão.1 Apesar da real incidência da sepse ser desconhecida, estimativas indicam ser essa a maior causa de mortalidade e morbidade crítica mundialmente, responsável por mais de 50% dos óbitos hospitalares e um tempo de internação 75% maior do que a maioria das demais condições, tendo um grande impacto financeiro aos hospitais e sistemas de saúde públicos e privados.1, 2 Somente no ano de 2013, US$ 24 bilhões em despesas hospitalares, nos Estados Unidos (aproximadamente US$ 18.244,00 por hospitalização), foram atribuídas à sepse, representando 13% dos custos totais dos hospitais norte-americanos, porém com apenas 3,6% das internações, superando facilmente as demais causas de internação.2 Nesse contexto, um estudo observacional retrospectivo norte-americano foi desenhado para tentar trazer uma maior compreensão acerca dos gastos envolvidos no cuidado de pacientes com sepse.2 Ênfase foi dada para a relação dos custos…...
