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Gastroparesia: como diagnosticar e tratar?


Escrito por Felipe Nelson MendonçaRevisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende A gastroparesia é um distúrbio motor do estômago e sua fisiopatologia está em constante estudo. Estima-se que a doença afete cerca de 1.8% da população mundial, porém somente 0.2% dos casos são reconhecidos e diagnosticados. Afeta quatro vezes mais mulheres que homens [1]. Apresenta-se com sintomas de dor ou desconforto abdominal, principalmente epigástrico, vômitos, distensão abdominal, saciedade precoce e náuseas, mimetizando muito os sintomas da dispepsia funcional.[3]  Os principais fatores de risco para a gastroparesia são o diabetes mellitus (30% dos casos) [2], sexo feminino, medicações (opióides, análogos do GLP-1), obesidade, iatrogênica ou pós cirúrgia, pós-infecciosa (viral ou bacteriana), doenças neurológicas (doença de Parkinson, amiloidose), doenças reumatológicas (esclerose sistêmica), doença renal crônica e pseudo-obstrução intestinal crônica. [2]  A fisiopatologia ainda é muito estudada e apresenta-se com várias lacunas a serem preenchidas. Os estudos cintilográficos e de medicina nuclear mostram alteração na acomodação gástrica e descoordenação das contrações do corpo e antro para o esvaziamento gástrico [2]. Alguns estudos mostraram alterações nos mecanismos neuromusculares por perda de células inibitórias, que são responsáveis pelo relaxamento gástrico e acomodação (neurônios que secretam óxido nítrico) e perda de células excitatórias para contração do antro…...

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