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Acidentes escorpiônicos: um agravo potencialmente fatal


Escrito por Flávio P. Brandt| Revisor Dr. Alexandre Barbosa Naime O escorpionismo é um problema negligenciado de saúde pública nacional que tem tido maior importância nos últimos anos devido ao crescente número de casos e óbitos, especialmente nos grandes centros urbanos, tendo relação com a sua expansão sem as devidas condições sanitárias.1 Entre os anos de 2007 a 2017, houve um aumento de mais de três vezes no número de acidentes no Brasil, além de aumento do número de casos fatais, sendo estes mais frequentes nos extremos de idade, como crianças abaixo dos 10 anos de idade e idosos acima dos 75.1 Existem cerca de 1.500 espécies de escorpiões descritas globalmente, 160 delas presentes no Brasil.1,2 Destas, são de importância médica apenas quatro, todas pertencentes ao gênero Tityus: T. serrulatus e T. bahiensis nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, T. stigmurus no Nordeste e T. obscurus no Norte.1,2 A quase totalidade de casos graves e fatais envolve o T. serrulatus, também conhecido como escorpião amarelo, porém tal evolução é pouco frequente, tendo a maioria dos casos evolução benigna com manifestações clínicas apenas locais.1,2 As manifestações clínicas sistêmicas é que trazem seriedade aos envenenamentos escorpiônicos, algumas delas com potencial risco à vida.2,3 Diversos sistemas…...

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