A sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, é curável e exclusiva do ser humano. Apresenta vários estágios, incluindo sífilis primária, secundária, latente e terciária.
No Espírito Santo, houve um aumento significativo de casos em 2022 em comparação a 2021: 3.906 casos de sífilis adquirida, 1.252 casos em gestantes e 432 casos de sífilis congênita de janeiro a outubro de 2022.
A compreensão dos estágios e dos sinais e sintomas é de suma importância para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da sífilis, destacando a importância da prevenção e do cuidado durante a gestação para proteger tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.
Ainda assim, veremos a seguir que os casos de sífilis congênita têm crescido bastante nos últimos anos. Dessa forma, exige-se mais esforços no tratamento para não se propagar, principalmente em recém-nascidos.
Apesar das estratégias adotadas na atenção básica, como o teste rápido para diagnóstico precoce, o acompanhamento pré-natal e o uso de Benzilpenicilina Benzatina no tratamento, a taxa de morbimortalidade neonatal relacionada à sífilis congênita continua aumentando no Brasil.
O pré-natal é fundamental para identificar riscos e reduzir desfechos negativos da sífilis congênita, porém, há desafios, como coleta tardia de exames e questões socioeconômicas, que persistem no momento da admissão na maternidade.
A atuação do enfermeiro no pré-natal é de extrema importância para o diagnóstico e tratamento adequados da sífilis congênita.
A sistematização da assistência de enfermagem, garantida pela Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, é fundamental para oferecer um cuidado ético e humanizado, resolvendo problemas e atendendo às necessidades de saúde.
Por isso é importante falar abertamente sobre o problema, mas infelizmente, o combate e a conscientização sobre a sífilis nem sempre recebem a atenção adequada.
Isso pode ocorrer por diversos motivos, como falta de investimento em campanhas de prevenção, falta de informação sobre os riscos da doença, estigma associado às DSTs e até mesmo questões culturais que dificultam a discussão aberta sobre sexualidade e saúde.
É necessário que haja mais esforços por parte das autoridades de saúde, instituições governamentais e organizações da sociedade civil para promover a conscientização sobre a sífilis. Isso inclui oferecer testes e tratamento acessíveis, além de incentivar práticas sexuais seguras para prevenir a propagação da doença.
A educação sexual nas escolas e campanhas de conscientização também são essenciais para combater doenças como a sífilis.
O estudo, uma revisão integrativa, analisou artigos publicados entre 2020 e 2022, obtidos de fontes como SCIELO, BVS e Google Acadêmico, além de um livro de pesquisas científicas.
Onze artigos e um livro foram analisados, fornecendo insights sobre o diagnóstico e tratamento da sífilis congênita, conforme o quadro abaixo.
Autor | Ano | Título |
Paula | 2022 | Diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes nos serviços de Atenção Básica. |
Melz | 2022 | Assistência de enfermagem e a sífilis congênita: revisão integrativa. |
Macedo | 2020 | Sífilis na gestação: barreiras na assistência pré-natal para o controle da transmissão vertical. |
Figueredo | 2020 | Relação entre oferta de diagnóstico e tratamento da sífilis na atenção básica sobre a incidência de sífilis gestacional e congênita. |
Costa | 2020 | Construção e validação de uma tecnologia educacional para prevenção da sífilis congênita. |
Araújo | 2022 | Pesquisas em temas de ciências da saúde V,22. |
Apesar das estratégias adotadas, a incidência de sífilis congênita no Brasil continua alta. Isso evidencia a necessidade de melhorias na assistência pré-natal e na qualidade do monitoramento e combate à doença.
A atuação do enfermeiro é primordial para a identificação precoce, o tratamento adequado e a prevenção da sífilis congênita em recém-nascidos.
O estudo ressalta a importância da abordagem ética e humanizada do enfermeiro, bem como a utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para garantir um cuidado eficaz e completo.
Ainda que haja desafios, é fundamental que o enfermeiro esteja preparado para enfrentá-los e continuar promovendo a saúde da população.
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