Os avanços que a tecnologia médica obteve nos últimos anos são impressionantes. E, como ela, também evoluíram as formas de diagnosticar e tratar diversas enfermidades. Nesse caso, um dos grandes responsáveis por essa evolução é a biologia molecular.
Ela foi, e ainda é fundamental, em todo o processo de análise da COVID-19, e se mostra também como uma aliada indispensável nos estudos sobre inúmeras outras doenças.
Por isso, a Medictalks preparou esse conteúdo completo para ajudar você a entender melhor como ele vem contribuindo para salvar vidas nos últimos anos.
Antes de entender como a biologia molecular vem ajudando a salvar vidas, é importante compreender mais profundamente o que ela é. Em síntese, trata-se de uma área da biologia que visa estudar os organismos a partir do seu lado molecular. Para isso, o foco são justamente os ácidos nucleicos, DNAs e RNAs.
Em outras palavras, ela estuda o material genético em todos os seus campos, seja a transcrição, replicação ou tradução do mesmo. Além, é claro, das próprias regulações que esses processos possuem.
Essa é uma área de estudo que, apesar dos avanços recentes, é relativamente nova, abrangendo ainda diversos outros aspectos não apenas da biologia em si, mas também da bioquímica, genética, citologia, microbiologia e química.
As técnicas empregadas na biologia molecular contam com muitas aplicações, dentro dos mais variados campos de estudo. Os pesquisadores utilizam esses métodos para estudar a própria estrutura e também a função dos genes, além, é claro, de análises epigenéticas, prevendo mutações e interações genéticas, que conseguem interferir na expressão de fenótipos.
Essa é uma área também muito empregada nos diagnósticos médicos, com a utilização de testes genéticos e rastreio de doenças. Além disso, a biologia molecular contribui ainda para desenvolver terapias gênicas, obtendo um enorme destaque na compreensão fisiológica celular.
Até mesmo a agricultura consegue se beneficiar da biologia molecular, detectando patógenos alimentares, testes envolvendo organismos com modificações genéticas e muito mais.
Devido às suas características próprias, a biologia molecular é uma solução que traz respostas eficientes, com uma enorme velocidade, sendo esse um de seus grandes diferenciais. Não à toa, foi e é uma peça fundamental nos estudos sobre a COVID-19.
Essa ciência atua justamente com testes de diagnóstico e também de sequenciamento do DNA do vírus SARS-CoV-2. Esse estudo detalhado sobre o seu material genético permitiu identificar os genes, diagnosticá-los e diferenciá-los dos demais tipos de vírus do grupo familiar. Além disso, estudos similares acontecem com a varíola dos macacos.
Outra doença que a biologia molecular vem ajudando a desvendar é a tuberculose, por meio dos testes IGRA (Interferon-gama). Esse é um dos métodos mais recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e permite a identificação do vírus antes mesmo da demonstração de sintomas.
Os testes IGRA, além de eficientes, conseguem ainda se adaptar muito bem a testagens rápidas, sem a necessidade de uma infraestrutura laboratorial completa. Assim, o enfrentamento à tuberculose tem tudo para alcançar avanços significativos daqui para frente.
Analisando essa ciência com um olhar mais pautado no futuro, a biologia molecular, através de seus testes genéticos, trará muito avanços para o diagnóstico de câncer.
Através de estudos de sequenciamento e PCR, será possível identificar predisposições para a formação desses tumores malignos. Além disso, será capaz de proporcionar o direcionamento de tratamentos específicos, altamente personalizados, para variados quadros da doença.
Os próprios testes genéticos já são exames preditivos, que permitem detectar as mutações genéticas, responsáveis por gerar o surgimento dos tumores – isso em pessoas com casos no histórico familiar ou até mesmo que já foram acometidas anteriormente.
A Reação em Cadeia Polimerase no DNA, mais conhecida como PCR (Polymerase Chain Reaction), é um estudo intrínseco da biologia molecular. Seu desenvolvimento se deu no início da década de 80, com Kary Banks Mullis.
Essa é uma técnica utilizada para a obtenção da amplificação seletiva de uma parte determinada do DNA, onde apenas uma única molécula sua serve como molde para esse processo, gerando milhares de cópias da mesma.
Como foi possível observar, dentro do campo da medicina humana, a biologia molecular conseguiu um papel de destaque ao longo dos últimos anos. Além disso, conta com um futuro ainda mais promissor, sendo de grande utilidade daqui para frente. Afinal, é indispensável para a análise e detecção de diversos tipos de doenças.
No entanto, além dessa forte ligação com a medicina voltada para o atendimento humano, essa ciência, como já abordado anteriormente, conta com muitas outras aplicações. Por exemplo:
Desde sua descoberta, a biologia molecular conseguiu avançar a passos largos e já ajudou a salvar milhares de vidas desde então. Além disso, conta com um campo de atuação extenso, trazendo benefícios em variadas áreas humanas.
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