Notícia

A Relação Médico-Paciente: Uma poderosa aliada

Dra. Fernanda Maria Marques Menezes

Escrito por Dra. Fernanda Maria Marques Menezes Ao longo dos anos, atuando no Direito Médico, percebi que, geralmente, os casos judicializados tinham como motivo principal a falta de diálogo entre médico e paciente. Percebi que ou a relação médico-paciente não tinha sido sequer construída, ou ela tinha sido quebrada ao longo do tempo, já que muitas vezes o que se busca no poder judiciário, num primeiro momento, é entender o que aconteceu ou ainda um simples pedido de desculpas. Importante registrar que a relação médico-paciente, que até então era uma relação completamente vertical, passa a ser mais horizontal na medida em que a Constituição Federal de 1988 (“lei maior”) abarca conceitos de direitos humanos e eleva a dignidade da pessoa humana como fundamento/princípio constitucional. Aliás, se analisarmos, todos os princípios constitucionais estão presentes na relação médico-paciente, ou seja: Autonomia, Liberdade, Dignidade, Intimidade e Privacidade. Pois bem, a partir de então muda o paternalismo (ações que limitam a autonomia e/ou a liberdade) da relação para o diálogo, e o paciente passa a ter voz ativa com o objetivo de se atingir uma simetria/igualdade nesta relação. Neste sentido, tem-se que, para haver essa simetria/igualdade na relação, é necessário que haja assimetria/desigualdade de…...

Próxima Notícia

Intervenções dietéticas e Síndrome do Intestino Irritável: Existe algum benefício?