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Empresas brasileiras podem aumentar a participação na pesquisa clínica mundial

A Covid-19 acelerou o desenvolvimento de pesquisas clínicas no Brasil. Descubra como esse avanço da medicina aumenta a participação do país a nível mundial!


Na pandemia da Covid-19, enquanto grande parte dos profissionais da saúde atuavam na linha de frente para salvar o maior número possível de vidas, outro grupo teve que desempenhar um papel tão importante quanto: realizar pesquisas clínicas.
Devido ao senso de urgência instaurado nos seis continentes, especialmente no Brasil, os especialistas voltados a esse campo da medicina precisaram direcionar os seus esforços para encontrar formas de combater a doença rapidamente.
Foi por conta dessa necessidade que a participação de empresas brasileiras na corrida da pesquisa clínica mundial aumentou, gerando bons frutos a toda população. Apresentamos a seguir como era antes do Coronavírus e o panorama atual das instituições responsáveis por estudos e avanços no setor.

O que é a pesquisa clínica e qual é a sua importância?

Também chamada de estudo clínico ou ensaio clínico, essa etapa é substancial no desenvolvimento de novos produtos e procedimentos na medicina. Isso porque o seu objetivo é avaliar a segurança e a eficácia desses novos recursos que futuramente serão utilizados em seres humanos.
A pesquisa estuda os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e outros referentes a intervenções médicas com o propósito de encontrar alternativas medicamentosas para tratar moléstias congênitas, herdadas, infecciosas, dentre outras.
Para chegar a tais resultados, os profissionais especializados na área realizam coleta de dados através de entrevistas, exames e outros materiais biológicos de maneira legalmente concedida em voluntários.
Os profissionais envolvidos na pesquisa clínica trabalham constantemente para encontrar soluções inovadoras e, com a ajuda da tecnologia, atualmente, esse processo tornou-se ligeiramente mais prático. Exemplo disso é a criação de novas vacinas em tempo recorde.
De todo modo, conclui-se que esses estudos científicos possuem um importante papel para a sociedade, combatendo e prevenindo doenças, amenizando sintomas e, principalmente, contribuindo na manutenção do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas.

Confira quais são as etapas da pesquisa clínica

Os ensaios clínicos podem ser classificados em quatro fases, sendo elas:

  • Fase I : etapa em que são realizados estudos, geralmente, em um pequeno número de indivíduos saudáveis para avaliar dados que dizem respeito à segurança do tratamento e à dosagem ideal do produto investigado.
  • Fase II :agora, testando em maior grupo, averigua-se a eficácia do produto/tratamento e são analisados mais dados sobre a segurança, os efeitos colaterais e outras informações a fim de alcançar melhorias.
  • Fase III : neste momento, os dados obtidos na FASE II são confirmados para determinar as reações adversas. Também são estudados os benefícios e riscos, comparando o produto com similares já existentes para avaliar a sua eficácia.
  • Fase VI : esta etapa se dá após a comercialização do produto, quando é realizada uma pesquisa que irá detectar o surgimento de eventos inesperados ou já conhecidos a longo prazo, e estabelecer novas estratégias para definir o valor terapêutico.

Em 2020, o Brasil ocupava a 25ª posição no ranking mundial de pesquisas clínicas

Antes dos primeiros casos de Coronavírus surgirem, os estudos clínicos não eram vistos como uma prioridade e o Brasil ia na direção contrária dos outros países considerados potências econômicas.
A falta de incentivos em inovação foi determinante para decretar a queda nas avaliações e colocar o país em 25º no ranking mundial de pesquisas clínicas. Uma das justificativas para isso é que a mensuração desse potencial vem dos investimentos dos setores privado e público em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Ou seja, se há incentivo para produzir recursos inovadores e para a descoberta de novos conhecimentos, o Brasil eleva o seu patamar e torna-se vantajoso para investidores, um verdadeiro atrativo que corrobora em melhores condições para a população brasileira e global.
Apesar do desempenho não ser dos melhores até 2020 e as pesquisas clínicas demorarem, em média, uma década para concluírem todas as suas fases, a necessidade de criar uma vacina para a Covid-19 transformou a indústria farmacêutica. Entenda melhor a seguir!

A pandemia acelerou a participação das empresas brasileiras nas pesquisas clínicas

A chegada da pandemia da Covid-19 fez com que a indústria farmacêutica direcionasse os seus esforços para encontrar o tratamento mais eficaz ainda em 2020. Desse modo, o que levaria praticamente 10 anos para ser descoberto e lançado, precisou ser feito em um prazo recorde.
Uma verdadeira corrida contra o tempo instaurou-se e as empresas brasileiras, apoiadas em recursos altamente tecnológicos e grandes investimentos, concentraram-se em produzir um potente imunizante contra o vírus.
Para que tudo ocorresse de maneira ágil, grandes entraves, como os processos burocráticos envolvendo os estudos clínicos, foram facilitados e a urgência também abriu espaço para novas oportunidades ao mercado brasileiro.
A vacina precisaria garantir a eficácia para todas as pessoas, portanto, as indústrias mundiais viram o Brasil como referência em heterogeneidade étnica e investiram nas pesquisas clínicas do país para desenvolver o produto.
Somando os incentivos a uma ótima infraestrutura técnico-científica e cientistas altamente qualificados e em constante atualização, o Instituto Butantan desenvolveu ensaios sobre a aplicação, distribuição e produção da Coronavac, primeira vacina brasileira.
Se até o início de 2020 o Brasil ocupava a 25º posição no ranking mundial de pesquisas clínicas, com a média de apenas 2% de participação em estudos de todas as áreas terapêuticas, a partir da pandemia tudo começou a mudar.
A Covid-19 acelerou os processos e fez com que o país participasse de cerca de 3,85% dos ensaios referentes à doença no mundo todo. Esse avanço na medicina aumenta as chances do país ocupar lugares mais altos e faz com que os profissionais da saúde busquem estar sempre atualizados em suas especialidades.

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