A candidíase, causada por espécies do gênero Candida, continua sendo uma das principais infecções fúngicas associadas à morbimortalidade hospitalar. Formas invasivas, como a candidemia, representam um risco significativo para pacientes imunocomprometidos e críticos, enquanto a candidíase mucocutânea afeta até indivíduos saudáveis, causando desconforto e recorrências. Com o aumento da resistência antifúngica, novas diretrizes globais foram desenvolvidas pela Confederação Europeia de Micologia Médica (ECMM) em parceria com ISHAM e ASM, fornecendo recomendações baseadas em evidências para o diagnóstico e manejo da doença. Principais Pontos das Diretrizes Atualizadas 1. Epidemiologia e Novas Ameaças Candida auris e Candida parapsilosis resistentes ao fluconazol são desafios emergentes. Reclassificação taxonômica de algumas espécies pode gerar confusão clínica. Infecções invasivas são majoritariamente hospitalares, aumentando a carga sobre o sistema de saúde. 2. Diagnóstico da Candidíase Métodos Convencionais Cultura fúngica ainda é o padrão ouro, mas apresenta baixa sensibilidade. Uso de técnicas moleculares, como PCR e MALDI-TOF, é recomendado para identificação mais rápida. Biomarcadores e Testes Sorológicos β-D-glucana (BDG) pode ser usada como ferramenta diagnóstica auxiliar. Antígenos e anticorpos anti-Candida são úteis, mas não devem ser usados isoladamente. 3. Tratamento da Candidíase Infecções Invasivas Equinocandinas (anidulafungina, caspofungina, micafungina) são primeira escolha para candidemia. Lipossomal de anfotericina B pode…...