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Terapia de reposição de testosterona e segurança cardiovascular


Escrito por Dr. Rodrigo Gibin A associação entre uso de testosterona exógena e risco de doença cardiovascular foi sempre ressaltada na literatura médica, independente da indicação de uso. Alguns relatos de casos publicados de morte súbita, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico em jovens usuários de esteróides anabolizantes chamaram a atenção para essa possível associação, apesar de não ter sido bem estabelecida a relação causal com o desfecho. Atualmente sabe-se que a deficiência androgênica (níveis séricos de testosterona total < 300ng/dl) constitui fator de risco para a morbidade e mortalidade cardiovascular e geral em homens. Por tanto, a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT), nesse perfil de pacientes, melhora o perfil metabólico de risco, a composição corporal e os parâmetros de inflamação subclínica, reduzindo assim o risco cardiovascular e parece ser segura tanto para pacientes sem cardiopatia prévia como para àqueles portadores de Doença Arterial Coronariana (DAC) e Insuficiência Cardíaca (IC) - Nivel I de evidência pelo Consenso Latino-americano sobre DAEM (2013) (1).Em recente Revisão Sistemática e Metanálise (2017) (2), que incluiu homens maiores de 18 anos não necessariamente hipogonádicos (testosterona entre 300-480ng/dl), Alexander e colaboradores concluíram que os estudos disponíveis até o momento não permitem afirmar que haja associação…...

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