Escrito por Flávio P. Brandt| Revisor Dr. Alexandre Barbosa Naime Estima-se que cerca de 2 bilhões de pessoas, mundialmente, já foram infectadas pelo vírus da hepatite B (HBV) em algum momento da vida, sendo que, dentre elas, cerca de 290 milhões estejam cronicamente infectadas.1,2 Com o crescente surgimento, disponibilidade e uso de terapias imunossupressoras e imunomoduladoras, para as mais diversas causas, como doenças inflamatórias e autoimunes, neoplasias, transplantes de órgãos sólidos e de medula óssea, é de fundamental importância médica o conhecimento dos riscos e medidas de prevenção à reativação deste vírus nesses pacientes, tendo em vista que suas complicações podem ser acompanhadas de altos índices de morbidade – como hepatite aguda, falência hepática, cirrose, carcinoma hepatocelular – e mortalidade.1,3 A reativação da hepatite B ocorre a partir de alterações no equilíbrio entre a replicação viral e o seu controle pelo sistema imunológico do hospedeiro e sua ocorrência pode ocorrer espontaneamente ou em resposta a algum insulto que prejudique esse controle imunológico frente ao agente.1 Sua definição varia entre os principais guidelines do assunto, como o da American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD), da American Gastroenterological Association (AGA) e da European Association for the Study of the Liver (EASL), mas…...