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O complexo quebra-cabeças da origem do SARS-CoV-2


Escritora Mellanie Fontes Dutra da SilvaRevisor Dr. Alexandre Naime Barbosa No ano de 2019, conhecemos o SARS-CoV-2, um sarbecovírus que trouxe consigo uma pandemia devastadora, a qual seguimos enfrentando em 2022. Entender como ocorreu o surgimento desse vírus, e os fatores envolvidos para isso, é uma tarefa desafiadora. Para todos que leram “O Contágio”, do escritor, jornalista e divulgador científico norte-americano David Quammen, somos introduzidos a essas perguntas em diversos contextos e experiências passadas com agentes infecciosos responsáveis por surtos, epidemias e pandemias (aqui, você pode encontrar algumas impressões sobre o livro). Quais peças temos disponíveis, então, para tentar remontar a história sobre o SARS-CoV-2? Alguns especialistas buscaram espécies que poderiam ser reservatórios biológicos para agentes infecciosos, em especial coronavírus, como os morcegos. No estudo de Zhou e colaboradores, os autores identificaram quatro genomas relacionados ao SARS-CoV-2 em morcegos do gênero Rhinolophus. Ainda, três outros coronavírus relacionados a SARS-CoV foram coletados em amostras na província de Yunnan, na China, entre 2019 e 2020. Pela grande proximidade desses genomas ao genoma do SARS-CoV-2, muitas das suspeitas da origem desse vírus apontaram para os morcegos. Sabemos que esse “pulo/evento zoonótico” (ou, do inglês, spillover) de uma espécie animal para a espécie humana…...

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