Escrito por Flávio P. Brandt| Revisor Dr. Alexandre Barbosa Naime Em 7 de maio de 2022, no Reino Unido, foi confirmado o 1º caso do atual surto global de monkeypox (MPX) fora de áreas endêmicas.1 Desde então, o Monkeypox vírus (MPXV) já foi registrado em 88 países sem histórico prévio da doença, contabilizando mais de 42.000 casos, conforme dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), fazendo com que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 23 de julho de 2022, decretasse situação de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).1,2 O Brasil, por sua vez, teve seu primeiro caso confirmado em 7 de junho do ano atual e, até o dia 13 de agosto, confirmou 3.040 casos, estando entre os 5 países com maior número de casos.1 Diante deste cenário, foram impostos novos desafios diagnósticos e terapêuticos à prática médica, demandando novos estudos clínico-epidemiológicos a respeito da MPX. Foi publicada, recentemente, no New England Journal of Medicine (NEJM), por Thornhill et al, uma série de 528 casos da infecção pelo MPXV, de 16 países, confirmados por método molecular (PCR), com descrição dos principais achados e evolução clínica da doença.3 Dentre os achados clínicos, 95% apresentarem lesões cutâneas, com predominância na…...