Escrito por Karen Ingrid Tasca| Revisor Dr. Alexandre Barbosa Naime Apesar da eficácia e segurança da terapia antirretroviral (TARV), novas opções de tratamento são necessárias para atender às preocupações de pacientes e médicos em relação às toxicidades a longo prazo, custos, interações medicamentosas e/ou alimentares e conveniência do uso, considerando a indiscutível importância da adesão do tratamento. Assim, a simplificação do regime terapêutico foi proposta como uma opção atraente sendo que, atualmente, já estão disponíveis regimes de dois medicamentos orais (dolutegravir com rilpivirina e dolutegravir com lamivudina), além de um injetável de longa ação composto por cabotegravir com rilpivirina que requer administração mensal.1 O islatravir (ISL, também conhecido como MK-8591 ou 4'-etinil-2-fluoro-2'-desoxiadenosina [EFdA]) é a primeira droga pertencente a uma nova classe de antirretrovirais: NRTTI - inibidor nucleosídeo da translocação da transcriptase reversa. Trata-se de um análogo de nucleosídeo que é convertido na forma trifosfato farmacologicamente ativa (ISL-TP) por meio de quinases intracelulares endógenas, sendo um inibidor eficaz e específico da transcriptase reversa do HIV.2 Ele apresenta múltiplos mecanismos de ação, sendo considerado fármaco de alta potência contra cepas do tipo selvagem (HIV-1 e HIV-2) e resistentes, além de possuir alta estabilidade e ação prolongada mesmo sendo administrado em intervalos mais longos.3 Além…...