Escritora Fernanda ConteRevisor Dr. Alexandre Barbosa Naime
A infecção pelo HIV representa um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, com 37,7 milhões de pessoas infectadas, sendo 1,5 milhão diagnosticadas apenas no ano de 2020. Apesar dos intensos avanços tecnológicos e das pesquisas relacionadas ao diagnóstico precoce e tratamento eficaz, a infecção pelo HIV ainda é emergente e merece atenção1.
As pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) apresentam um processo inflamatório que é persistente durante todo o curso da infecção e é ocasionado por diversos fatores, incluindo: efeitos diretos do HIV e a própria resposta imune ao vírus, translocação microbiana, produção de mediadores pró-inflamatórios, estímulo provocado por outros patógenos e citotoxicidade da terapia antirretroviral (TARV)2,3.
A constante estimulação antigênica, seja pelo próprio HIV ou devido às co-infecções, induz a liberação de diversas moléculas pró-inflamatórias, dentre elas IL-6, IL-1β, TNF-α, proteína C-reativa, ICAM-1, VCAM-1, entre outras3.
Também a intensa depleção ...