Nos próximos anos, a impressora 3D na medicina tem chances de crescimento em 17,7%, de acordo com o estudo realizado pela Transparent Marketing Research.
Isso significa que a tecnologia vai trazer esperança em vários campos da área médica, como em transplantes de órgãos, na identificação de tumores e na impressão de prótese humana.
Entenda como funciona e quais as principais aplicações da impressão 3D na medicina.
Uma impressora 3D é um equipamento de produção de objetos tridimensionais a partir de modelos criados em computador.
Enquanto na impressão à tinta podemos imprimir documentos e fotos em papéis, na impressora 3D é possível imprimir objetos usando pó, gel ou filamentos de diferentes materiais, como metal ou biotina.
A partir de imagens enviadas para programas de modelagem em 3D, é possível imprimir o desenho que se queira no formato tridimensional e atender a diversos segmentos – educação, robótica, engenharia e medicina.
No caso da medicina, a impressora 3D possibilita, por exemplo, a fabricação de órgãos, vasos sanguíneos, ossos e ainda outras aplicações, que entenderemos a seguir.
O uso da impressão 3D na medicina é bastante inovador e promete revolucionar a saúde nos próximos anos.
Seja para estudo ou para substituir órgãos e salvar vidas, a impressora 3D tem muitas aplicações na área médica. Veja alguns dos seus principais usos abaixo.
Um dos maiores desafios da medicina é conseguir reduzir as enormes filas nos hospitais por conta de transplantes de órgãos. Mas graças à impressora 3D esse cenário tem grandes chances de mudar.
Já existem estudos envolvendo células-tronco vivas que podem se reproduzir nos equipamentos de impressão tridimensional.
Dessa forma, os órgãos são criados com base nas células do paciente, impressos e transplantados, sem a menor chance de rejeição.
Além disso, os órgãos tridimensionais podem servir de estudo antes ou depois de uma cirurgia, contribuindo para descobrir e solucionar diversas doenças.
Outra aplicação na medicina com a impressora 3D é na impressão de vasos sanguíneos em caso de comprometimento dos originais.
Apesar de parecer coisa de filme de ficção científica, daqui a alguns anos será uma forma eficiente de salvar pessoas.
Inclusive, a impressão 3D já está sendo testada para essa função, adequando o fluxo de sangue e prometendo ser uma alternativa para substituir os vasos sanguíneos danificados.
Acidentes e cirurgias por conta de tumores podem gerar impactos negativos na vida de qualquer pessoa. Mas a impressora 3D vem para mudar essa realidade na medicina.
Segundo um estudo na Alemanha, a impressão 3D pode unir produtos químicos com a cerâmica graças aos fragmentos de células-tronco. Dessa forma, é possível reproduzir e usar ossos e cartilagens para repor áreas do corpo.
Além disso, outra área da medicina que poderá ser contemplada com a impressora 3D é a cardiologia. Como as células cardíacas têm pouca chance de se regenerarem, a impressora em 3D poderá reproduzir os tecidos do coração vascularizados.
Isso será bastante útil para pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca ou outras doenças do coração.
A impressora 3D também revolucionou outro tipo de medicina complexa: o transplante de crânio.
Em outros tempos, os médicos utilizavam uma espécie de cimento para realizar uma operação desse nível. No entanto, da mesma forma que os moldes da prótese de uma perna ou braço, a modelagem do crânio não ficava perfeita.
Mas a partir do momento que surgiu a impressora 3D e sua capacidade de gerar impacto positivo na vida das pessoas, a medicina enxergou um novo futuro para elas.
Agora é possível imprimir um molde exato do crânio feito em acrílico por meio de tomografias computadorizadas.
Esse avanço na medicina com o uso da impressão 3D ajuda a recuperar mais rápido as funções cerebrais dos pacientes, além de melhorar a aparência em comparação com o método antigo.
A realização de cirurgias para retirada de tumores é bastante complexa e envolve tomografia para uma avaliação dos órgãos afetados.
No entanto, nem sempre essa avaliação é 100% eficaz, uma vez que o exame em 2D dificulta a visão ampla dos possíveis danos e do método de operação a ser utilizado.
Contudo, o uso da impressora 3D vai permitir o mapeamento e a reprodução exata dos órgãos afetados pelo tumor.
Assim, evitam-se procedimentos invasivos, permitindo um melhor planejamento da cirurgia com maior precisão.
A aplicação da impressora 3D para a fabricação da prótese humana vem com uma alternativa barata e rápida para atender a real necessidade do paciente.
Embora o uso de próteses já exista na medicina, nem sempre elas são perfeitas para ajudar na mobilidade de pacientes que sofreram amputação.
Isso acontece porque essas próteses não são feitas sob medida, por isso, ainda que o paciente volte a andar, ele passa a ter limitações de movimento e dores pelo uso contínuo.
Já com a impressora 3D, as próteses humanas têm como base os exames de ressonância magnética, que obtém as medidas reais da estrutura óssea do paciente.
A partir disso, acontece aquele procedimento que explicamos no início deste artigo: as imagens da ressonância são enviadas para o programa de modelagem 3D para impressão da prótese.
Imprimir órgãos, ossos e membros não são as únicas funções da impressora 3D. Na área médica, a falta de muitas ferramentas prejudica o atendimento e a rápida recuperação do paciente.
Foi pensando nisso que durante a pandemia de coronavírus, a impressora 3D foi bastante utilizada para minimizar a falta desses itens na medicina. Entre eles, tivemos protótipos de máscaras, bomba de oxigênio, viseiras protetoras, entre outros.
O uso da impressora 3D na medicina é revolucionário, inovador e significativo, tanto para a ciência quanto para a qualidade de vida das pessoas.
Se antes a simples ideia de imprimir um rim causava espanto e desconfiança sobre o seu funcionamento, daqui a alguns anos o espanto será lembrar dos métodos antigos.
Portanto, ainda que a impressora 3D na medicina pareça uma obra de ficção científica, ela é uma realidade que veio para melhorar a vida de todos.
