Escrito por Manuella Andrade Oliveira Sobral | Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende O citomegalovírus (CMV) é um vírus de DNA dupla fita, membro da família Herpesviridade e responsável por um amplo espectro de doenças em humanos [1]. Trata-se de um vírus de distribuição global, apresentando elevada prevalência que pode variar de 45% a 100% [2]. A infecção por CMV é adquirida mais comumente durante a infância e início da idade adulta através da exposição a fluidos corporais contaminados (lágrimas, saliva, sêmen, sangue ou órgão transplantado); sendo, em adultos, mais comumente associada ao contato íntimo como beijos ou relação sexual. A transmissão via fômites é possível, já que o vírus pode manter viabilidade por até seis horas em certas superfícies [1,3]. Atualmente, o CMV é conhecido por causar uma variedade de síndromes clínicas que incluem encefalite, pneumonia, hepatite, uveíte, retinite, colite e rejeição ao enxerto. Em indivíduos imunocompetentes, a infecção geralmente é assintomática ou caracterizada por febre, linfadenopatia e linfocitose. Já em indivíduos imunocomprometidos, como os receptores de transplantes e portadores de HIV, o CMV está associado à maior morbimortalidade por meio de reativação de infecção latente ou por primo-infecção [3,4]. Corroborando com tal distinção, no contexto das alterações hepáticas…...