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Esteatohepatite no magro, como abordar?


Escrito por Felipe Nelson Mendonça| Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende A doença hepática metabólica (DHM) é de grande importância para a saúde pública, representando a principal causa de doença hepática crônica no mundo, afetando cerca de 25% da população mundial. Repercussões da DHM, relacionam-se com a evolução para doença hepática avançada, descompensação da cirrose, hepatocarcinoma e outras complicações da síndrome metabólica. [1] Por muitos anos, foi-se atribuído a DHM somente aos indivíduos obesos ou com sobrepeso (inclusive como critérios diagnósticos), porém, hoje sabe-se que essa doença apresenta um amplo espectro fenotípico, incluindo pessoas com índice de massa corpórea (IMC) normal. [1] Nesse fenótipo magro, o diagnóstico, screening e manejo é diferente do fenótipo obeso.  Primeiramente, o fenótipo magro é definido quando o IMC é abaixo de 25 kg/m2 em caucasianos e 23 kg/m2 em asiáticos. [1][2] Nestes pacientes, apesar de IMC normal, o achado de esteatose hepática vem acompanhado de mesmas características histológicas dos pacientes obesos: há presença de esteatose, inflamação lobular, balonização e fibrose hepatocitária. [1] A fisiopatologia ainda não é completamente compreendida, porém, muitos desses pacientes têm dietas ricas em frutose e hipercalóricas, lipodistrofia, peso normal porém com obesidade central/visceral, sarcopenia e fatores genéticos associados, como a deficiência de…...

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