Escrito por Anna Gabryela Medeiros Afonso de Carvalho | Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende Atualmente, o câncer gástrico (CG) ainda é considerado uma das causas mais comuns de morte por câncer no mundo, sendo responsável por cerca de 750.000 mortes por ano. Estima-se que aproximadamente 80% dos tumores gástricos malignos estejam associados à infecção pelo Helicobacter pylori (HP), sendo este considerado o fator etiológico mais importante, definido como carcinógeno classe 1 pela Organização Mundial de Saúde e pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.¹ A patogênese da carcinogênese gástrica é multifatorial e se inicia a partir da evolução da gastrite crônica para alterações pré-malignas, como atrofia gástrica, metaplasia intestinal e displasia². A gravidade e extensão dessas condições está intimamente relacionada com o aumento do risco de desenvolvimento desse câncer.¹ Estudos recentes corroboram com evidências anteriores demonstrando que a erradicação do H. pylori interrompe a sequência da carcinogênese gástrica nos casos em que a intervenção é realizada antes do estabelecimento das lesões pré-neoplásicas. Entretanto, há controvérsias sobre a eficácia da erradicação naqueles indivíduos que já possuem tais lesões instaladas7. Um estudo randomizado controlado realizado em 2004 com pessoas infectadas assintomáticas mostrou que a erradicação da bactéria promoveu redução da…...