Escrito por Felipe Nelson Mendonça | Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende A doença hepática gordurosa foi objeto de completa redefinição nos últimos anos por consensos de especialistas. A doença passou a ter novos critérios diagnósticos e uma classificação menos excludente. A expressão, doença hepática gordurosa não-alcoólica (NAFLD, no inglês e DHGNA, no português), criada em 1980, concebeu seu uso para diferenciar-se da doença hepática alcoólica. As duas doenças compartilham achados anatomopatológicos que são muito semelhantes, porém na NAFLD, como descrita inicialmente, os pacientes não apresentam história de consumo alcoólico abusivo prévio. [1] O fato do termo NAFLD conter a palavra “álcool” gerava muitos estigmas negativos para os pacientes. O impacto disso gerava menos consideração da doença no meio médico e pelos doentes. Em um estudo em 2014, observou-se que muitos pacientes não procuravam ajuda médica pelo estigma da doença hepática e sua comum associação ao álcool. [1,2] Não somente por esses impactos, também existem várias controvérsias do termo NAFLD. Primeiramente, não existe ainda um consenso da quantidade de álcool que é considerada aceitável para diferenciar a doença alcoólica da metabólica. Segundo, em alguns estudos, como de Long et al., em 2009, mostrou-se que em uma grande coorte de pacientes…...