Escrito por Juarez Vasconcelos| Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende O colangiocarcinoma (CCA) é a segunda neoplasia hepática maligna mais comum, após o carcinoma hepatocelular (CHC), acometendo as vias biliares de maneira bastante heterogênea (intra-hepático, peri-hilar ou distal) 1. Geralmente apresenta evolução agressiva, haja vista que a maioria dos casos o diagnóstico é feito em estágio avançado.1 Diversas condições clínicas (intra ou extra-hepáticas) possuem relação com essa neoplasia, a saber: colangite esclerosante primária (CEP), colangite biliar primária (CBP), colelitíase, hepatites virais e a doença inflamatória intestinal2. Entretanto, não é possível explicar o número crescente de casos apenas por tais condições, emergindo a necessidade de estudos sobre outras possíveis etiologias2. Nesse sentido, aventa-se uma provável relação entre CCA e distúrbios metabólicos, pois ambos vêm apresentando aumentos concomitantes de incidência2; além disso, distúrbios metabólicos são sabidamente relacionados a outras neoplasias malignas hepáticas: a resistência insulínica presente na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA ou NAFLD) guarda importante relação com a cirrose hepática e, por conseguinte, com o CHC2. Os possíveis mecanismos fisiopatológicos não são totalmente compreendidos, mas sabe-se que o diabetes aumenta o risco de vários tipos de câncer, sendo provável que existam vias fisiopatológicas aplicáveis ao CCA2. A hiperinsulinemia e a resistência à…...