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Correlato e pressuposto de proteção


Escritor: Dr. Rodrigo Lins Começar esse texto sobre correlato e pressuposto de proteção me faz lembrar dos meus pacientes de ambulatório, que dizem ter adquirido gripe ou qualquer outra patologia infecciosa por estarem com “imunidade baixa”. Todas as vezes que eu ouço isso respondo que a imunidade é complexa demais para ser medida, a não ser em casos muito específicos (como a contagem de linfócitos T CD4+ em pacientes com HIV, por exemplo). Como vimos no nosso primeiro encontro, vacinas são feitas com o intuito de estimular uma resposta imune que também será efetiva contra um eventual encontro com o patógeno. A eficácia das vacinas é avaliada em estudos clínicos através de um cálculo que leva em conta quantos voluntários vacinados e não vacinados adquiriram a doença durante o período do estudo. Assim sendo, a efetividade na população é baseada em dados clínicos.  Existe um grande interesse científico em avaliar a efetividade da vacina em promover resposta imune adequada em um indivíduo, o que chamamos “imunomonitoramento”. Para isso, é observada em exames de sangue a quantidade de anticorpos produzidos após a vacinação. De forma resumida chamamos correlato de proteção quando um determinado exame tem relação íntima já estabelecida na literatura…...

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