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Agonistas GLP1 e Esteatohepatite não alcoólica: O que o hepatologista precisa saber?


Escrito por Felipe Nelson Mendonça | Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende A síndrome metabólica é uma condição muito prevalente no mundo, e suas repercussões, além do aumento do risco cardiovascular, está atrelado ao desenvolvimento da doença hepática gordurosa não-alcoólica. Os agonistas do peptídeo-glucagon-símile-tipo-1 (GLP-1) são drogas muito utilizadas no controle metabólico, e estão sendo estudadas atualmente na reversão da esteato-hepatite não-alcoólica.  A doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) abrange um amplo espectro de alterações hepáticas, desde o acúmulo isolado de gordura (esteatose), até situações em que se associa com infiltrado inflamatório lobular e balonização de hepatócitos (esteato-hepatite não-alcoólica, do inglês, NASH), com potencial de evolução para fibrose progressiva, cirrose e até mesmo ao carcinoma hepatocelular.[1] Até o momento não existem medicamentos absolutamente eficazes na reversão do NASH, e o manejo clínico depende intimamente de mudanças no estilo de vida.  Em alguns estudos, já foi mostrado que a perda de peso de mais de 10% da massa corporal total, resulta em resolução da esteato-hepatite e redução da fibrose e inflamação portal. [2] Na abordagem medicamentosa, outros estudos clássicos, como o PIVENS, mostraram benefício modesto do uso da pioglitazona e vitamina E em casos seletos. [3] A terapia medicamentosa tem o objetivo…...

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