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Triagem de gonorreia e clamídia em pacientes assintomáticos com HIV e usuários de PrEP: Questões em Aberto


A triagem de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, em homens que fazem sexo com homens (HSH) que vivem com HIV ou utilizam a profilaxia pré-exposição (PrEP) tem sido um tema de intenso debate internacional. A recente decisão de alguns países, como a Bélgica, de descontinuar a triagem de infecções assintomáticas levanta questões cruciais sobre os benefícios e riscos dessa abordagem. Contexto e desafios da triagem assintomática Embora a incidência de ISTs esteja em ascensão nos últimos 30 anos na Europa, a maioria dos casos identificados é assintomática. As diretrizes atuais recomendam a triagem regular desses indivíduos, principalmente em países de alta renda, visando à detecção precoce e à prevenção da transmissão. No entanto, novas evidências sugerem que a triagem assintomática pode não oferecer benefícios significativos em termos de saúde pública. Os testes de amplificação de ácido nucleico, amplamente utilizados para detectar C. trachomatis e N. gonorrhoeae, são extremamente sensíveis, mas não fornecem informações sobre o estado infeccioso real, podendo levar ao uso excessivo de antimicrobianos sem necessidade clínica comprovada. Além disso, muitas infecções assintomáticas se resolvem espontaneamente, o que levanta dúvidas sobre a necessidade de tratamento imediato. Fatores a serem considerados na revisão das diretrizes…...

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