Introdução:Refugiados e requerentes de asilo enfrentam um risco elevado de infecções resistentes a medicamentos devido a condições precárias, como superlotação e barreiras ao acesso à saúde. Esse cenário pode acelerar a disseminação da resistência antimicrobiana (RAM), tornando essencial a compreensão da prevalência, fatores de risco e estratégias de mitigação. Prevalência Global de RAM em Refugiados Uma revisão sistemática recente analisou 41 estudos envolvendo 16.970 refugiados e requerentes de asilo, destacando altas taxas de organismos resistentes, como: Bactérias Gram-negativas multirresistentes: prevalência de 4,2% a 60,8%. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA): prevalência de 0,92% a 73%. Bactérias Gram-negativas produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL): prevalência de 1,6% a 61,1%. Comparados à população dos países anfitriões, refugiados têm 2,88 vezes mais probabilidade de portar ou estar infectados por organismos resistentes (IC 95%: 2,61–3,18). Fatores de Risco As condições que contribuem para o aumento da RAM incluem: Condições de vida superlotadas: facilitam a transmissão de patógenos. Acesso limitado a serviços de saúde e vacinação: retarda o diagnóstico e o tratamento adequado. Uso inadequado de antimicrobianos: comum em situações de conflito e deslocamento forçado. Estratégias de Controle Para enfrentar a RAM em populações refugiadas, é essencial: Fortalecer programas de vigilância: especialmente em países…...