Um estudo recente apresentado na Lancet Infectious Diseases investiga a segurança e as implicações do uso de profilaxia pós-exposição (PEP) com doxiciclina, destacando que, embora não haja aumento na prevalência de MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) ou E. coli produtora de ESBL (enzimas que conferem resistência a antibióticos beta-lactâmicos), observou-se um crescimento no número destes patógenos ao longo do tempo em todos os grupos do estudo. Os pesquisadores, liderados por Thibaut Vanbaelen e colaboradores, sugerem uma possível seleção antimicrobiana em nível populacional, que pode estar ocorrendo devido ao uso compartilhado de redes sociais e sexuais, facilitando a transmissão de cepas resistentes. Contexto e Metodologia do Estudo: O estudo analisou 2.472 participantes em um ensaio clínico aberto, categorizando as gravidezes baseadas na exposição ao CAB-LA. As conclusões foram baseadas em análises estatísticas de eventos adversos maternos relacionados à gravidez e desfechos, utilizando a Escala de Preparação Intestinal de Boston (BBPS) para medir a adequação da preparação intestinal. Implicações Clínicas e Recomendações: Os autores apelam para uma abordagem cautelosa na interpretação dos resultados e sugerem a inclusão de avaliações de vias de resistência antimicrobiana em nível populacional em futuros estudos sobre a PEP com doxiciclina. A pesquisa aponta para a necessidade…...