Escritor: Arthur Tonani Pereira Cançado RibeiroRevisor: Dr. Alexandre Barbosa Naime O vírus da hepatite C (VHC) apresenta como gênero hepacivirus e guarda semelhanças com outros patógenos do gênero Flavivirus. O patógeno conta com atualmente 7 genótipos e um adicional pendente (1). A infecção crônica proporciona um estado pró-inflamatório constante no parênquima hepático com destruição celular e fibrose progressiva o que eventualmente leva à cirrose. Vale a pena ressaltar que após cinco anos de cirrose estabelecida cerca de 10 a 20% dos pacientes complicam com hemorragia esofágica, ascite, encefalopatia e/ou carcinoma hepatocelular (1). O tratamento de pacientes infectados com o vírus da hepatite C conta, atualmente, com fármacos de ação antiviral direta (DAA). O objetivo da terapia consiste em erradicar o patógeno do organismo sendo isso representado por níveis indetectáveis de RNA viral em pacientes com boa adesão e acessibilidade adequada (1). Com a possibilidade de cura esterilizante a OMS preconiza que o tratamento esteja disponível para todos os indivíduos infectados com o vírus C visando reduzir a prevalência global que conta com aproximadamente 71 milhões de indivíduos infectados. (1) (2) Assim sendo, o projeto atual do SUS, no que tange infecções crônicas por vírus C, consiste em promover acessibilidade a esquemas medicamentosos…...