As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) têm apresentado aumento alarmante em todo o mundo. Esse cenário se agrava devido à crescente resistência antimicrobiana (RAM), que reduz a eficácia dos tratamentos convencionais, e à diminuição do uso de métodos preventivos como preservativos. Nesse contexto, torna-se urgente o desenvolvimento de intervenções mais acessíveis e eficazes para a prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs. O estudo DOXYVAC, conduzido na França e recentemente publicado, investigou a eficácia do uso da profilaxia pós-exposição com doxiciclina (doxyPEP) na prevenção de ISTs bacterianas em homens que fazem sexo com homens (HSH). Os participantes receberam 200 mg de doxiciclina dentro de 72 horas após o sexo desprotegido, com monitoramento trimestral para novas ISTs bacterianas. Estudos anteriores, como o DoxyPEP e o IPERGAY, já haviam demonstrado eficácia da doxiciclina contra Chlamydia trachomatis e Treponema pallidum. No entanto, os resultados sobre Neisseria gonorrhoeae ainda eram incertos, o que motivou o estudo DOXYVAC a testar também a vacina meningocócica do grupo B (4CMenB), para avaliar sua possível eficácia contra a gonorreia. Os resultados do DOXYVAC mostraram uma eficácia promissora do doxyPEP contra clamídia e sífilis, além de uma eficácia moderada, porém significativa, contra a gonorreia. Esses achados foram consistentes com os dados…...