O carcinoma hepatocelular (CHC) é a forma mais comum de câncer primário do fígado e uma das principais causas de morte relacionada ao câncer em todo o mundo. Para pacientes com CHC avançado, o tratamento com a combinação de atezolizumabe (anti-PD-L1) e bevacizumabe (anti-VEGF) é recomendado como terapia de primeira linha. No entanto, faltam biomarcadores confiáveis que possam prever a eficácia desse tratamento. Este estudo investigou os níveis séricos de autoanticorpos anti-PD-1 como possíveis biomarcadores para prever a resposta à terapia combinada. Sessenta e três pacientes com CHC avançado foram incluídos, e seus níveis de autoanticorpos anti-PD-1 foram medidos antes do início do tratamento. Os resultados mostraram que níveis mais elevados de autoanticorpos anti-PD-1 estavam associados a uma menor taxa de sobrevida global (OS) entre os pacientes que receberam atezolizumabe/bevacizumabe como primeira linha de tratamento. Essa associação foi confirmada como um fator de risco independente, ao lado de uma maior relação neutrófilo-linfócito e menores níveis de albumina. Conclui-se que os níveis de autoanticorpos anti-PD-1 no soro podem ser considerados um biomarcador promissor para prever a eficácia de inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com CHC. Estudos futuros são necessários para validar esses achados e entender melhor o impacto desses autoanticorpos…...