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Abordagem do diabetes mellitus na cirrose: visão prática para o hepatologista


Escrito por Felipe Nelson Mendonça| Revisado por Dra. Rosamar E. F. Rezende O diabetes é muito comum nos pacientes hepatopatas. Estima-se que de 30 a 40% dos pacientes terão diabetes, e essa taxa é ainda maior quando a causa da hepatopatia é metabólica. A prevalência do diabetes no NASH é de 56%, na cirrose criptogênica de 51% e na hepatite C ou álcool de 32%. Por esse motivo, é muito importante que os gastroenterologistas e hepatologistas sejam capacitados para atuarem em conjunto com os endocrinologistas no controle da doença. [1]  Essa alta prevalência está muito relacionada à patologia de base. Como exemplo, a resistência insulínica é presente na doença hepática gordurosa associada à síndrome metabólica; na infecção pelo vírus da hepatite C há inflamação hepática e disfunção das células beta pancreáticas, assim como na hemocromatose que tem perda da capacidade pancreática de secreção da insulina pela infiltração do ferro nos tecidos. [1]  As maiores dificuldades do manejo do diabetes no paciente cirrótico envolvem o diagnóstico e seguimento; dificuldades sociais e cognitivas; alto risco de hipoglicemia; metabolização alterada de drogas no fígado; risco aumentado de acidose láctica; desnutrição e sarcopenia. [1]  O diagnóstico do diabetes no cirrótico pode passar despercebido pois a glicemia de…...

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