As taxas de eficácia da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a empresa chinesa Sinovac, foram divulgadas em janeiro último pelo governo de São Paulo. Uma notícia, sem dúvida, muito aguardada, pois confirmaria se os esforços e investimentos feitos até então representariam uma vitória ou não ao combate do coronavírus. Felizmente, as taxas de eficácia da CoronaVac divulgadas se mostraram acima do mínimo requerido para uma vacinação em massa, o que foi motivo de comemoração pelos órgãos sanitários e por expressiva parcela da população brasileira. No entanto, a divulgação das taxas de eficácia da CoronaVac não ocorreu sem motivo de controvérsia e dúvidas que ajudaram a alimentar teorias conspiratórias sobre a real eficácia da vacina. Desencontro de informações O motivo da controvérsia é que inicialmente o Governo de SP anunciou as taxas de eficácia segmentadas por grupo de infectados, não o índice de eficácia global do imunizante. Ou seja, revelou-se a eficácia para casos graves e moderados da doença, não o número quanto à eficácia global, isto é, incluindo tanto casos graves como leves. Por isso, quando chegou o dia oficial para se revelar a eficiência global, naturalmente diferente dos números dos casos segmentados, criou-se um clima…...