As infecções no local cirúrgico (SSIs) são uma das complicações mais preocupantes após o transplante de fígado (LT), aumentando significativamente o risco de perda do enxerto e mortalidade. Um estudo multicêntrico suíço publicado na JAMA Network Open analisou 1.158 receptores de transplante de fígado e revelou que 6,0% desenvolveram SSIs nos primeiros 90 dias após a cirurgia. Perfil das infecções e principais agentes Entre os casos de infecção: 77,1% foram infecções profundas ou de espaço orgânico, As bactérias mais comuns foram Enterococcus spp (48%) e Escherichia coli (16%), Fungos, especialmente Candida albicans, também foram detectados em uma parcela significativa. O tempo médio para desenvolvimento da infecção foi de 13 dias após o transplante. Fatores de risco identificados O estudo apontou que dois fatores se associaram independentemente a um risco maior de desenvolver SSI: Retransplante de fígado (OR 4,01; IC 95%, 1,44–11,18; p=0,008) Transplante de doador vivo (OR 4,08; IC 95%, 1,37–12,16; p=0,01) Esses fatores indicam procedimentos tecnicamente mais complexos e maior vulnerabilidade dos pacientes. Impacto sobre os desfechos do transplante A presença de SSI esteve fortemente associada ao aumento de riscos: Pacientes com SSI tiveram um triplo aumento no risco de morte ou perda do enxerto em 1 ano (HR…...