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A Internet das Coisas Médicas (IoMT) e sua aplicação na atualidade

Muito se tem falado sobre a Internet das Coisas e como ela promete revolucionar a vida das pessoas de maneira abrangente, indo desde as tarefas mais simples até as mais complexas. Mas esse avanço tecnológico vem dando passos importantes também na área da medicina: estamos falando da Internet das Coisas Médicas (IoMT).

A sigla IoMT tem origem no inglês Internet of Medical Things. Esse termo tem se tornado cada vez mais conhecido ultimamente devido à multiplicação das áreas de aplicação dessa tecnologia no campo da saúde.

Ultimamente, já se tem notado melhorias significativas na área médica em decorrência da expansão da presença da IoMT nas clínicas e hospitais, maximizando a precisão de diagnósticos e a eficiência de tratamentos. E, isso, mesmo apesar de a tecnologia ter chegado às mãos dos médicos há não muito tempo.

Também é interessante comentar que o desenvolvimento e utilização da Internet das Coisas nos aplicativos médicos já movimentou milhões de dólares no mundo, contribuindo também para o desenvolvimento econômico de alguns países.

Nas próximas seções, vamos compreender um pouco melhor o que é a Internet das coisas Médicas e de que maneira a IoMT vem aprimorando tratamentos e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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O que é a Internet das Coisas Médicas?

A IoMT, ou Internet das Coisas Médicas, assim como a convencional Internet das Coisas, se define por dispositivos e aparelhos que trabalham conectados à internet diretamente.

Essa conectividade melhora significativamente o desempenho desses aparelhos e a precisão dos diagnósticos feitos por eles, usando a comunicação como ferramenta chave.

Se no dia a dia a IoT está presente em ar-condicionados, aspiradores de pó robôs e máquinas de lavar inteligentes, sendo um bônus de praticidade para quem possui tais equipamentos em casa, no campo da medicina essa tecnologia se apresenta por meio de apps inteligentes instalados nos smartphones dos pacientes, equipamentos médicos domésticos (os quais são, frequentemente, de uso contínuo), kits de prontos socorros, aplicativos de atendimento e muito mais.

Aplicações da Internet das Coisas Médicas (IoMT) na atualidade

Na verdade, a Internet das Coisas Médicas está sendo mais utilizada no dia a dia, e por pessoas comuns, do que pode parecer na primeira impressão.

Entre os adeptos da vida saudável e praticantes de exercícios físicos é cada dia mais comum ver relógios ou pulseiras fit, que monitoram em tempo real dados importantes sobre o corpo do indivíduo ao longo de todo o dia, como a frequência cardíaca, a pressão arterial, o número de passos dados e mais.

Esse é o exemplo mais comum do uso da IoMT na saúde das pessoas.

Outra funcionalidade especial que a Internet das Coisas Médicas apresenta é a capacidade de avisar imediatamente ao serviço médico responsável pelo tratamento de um paciente caso seja detectada alguma anomalia nos dados das medições feitas pelos dispositivos usados por aquela pessoa.

Isso permite que um atendimento de urgência seja feito com a maior agilidade possível, aumentando as chances de recuperação do paciente em casos graves.

Um exemplo famoso e relativamente recente do uso desses dispositivos foi o da atriz brasileira Fernanda Montenegro, prestes a completar 93 anos, que depois de um acidente doméstico onde teve três costelas fraturadas, implantou no pulso um dispositivo que, se pressionado, contataria seu médico imediatamente.

Além disso, existem outros exemplos menos conhecidos e de tecnologia mais avançadas, que ajudam a compreender o uso e a importância da IoMT na área médica.

Outros exemplos da aplicação da IoMT

Recentemente, foi apresentado no Fórum Econômico Mundial o projeto de um microsensor para ser adicionado a medicamentos.

A função desse microsensor, criado para se comunicar com um adesivo aplicado no braço do paciente, seria enviar diretamente ao médico informações a respeito dos horários e dosagens das medicações tomadas pelo paciente, contribuindo com um tratamento mais assertivo e eficaz.

Em parceria com a Novartis, a Google, já famosa pelas Google Lens, criou lentes de contato inteligentes para diabéticos. Esses dispositivos monitoram o nível de açúcar no sangue em tempo real, pelo contato com as secreções dos olhos do paciente, eliminando o desagradável método de fazer furos nos dedos.

E esses exemplos estão longe de ser a totalidade de aplicações que a IoMT pode ter. A cada ano são desenvolvidas novas tecnologias e formas de usar a Internet das Coisas Médicas para melhorar a qualidade de vida de milhares de pacientes pelo mundo.

Desafios para o uso da IoMT na medicina

Toda nova tecnologia, além dos benefícios, traz novos desafios em sua utilização, e com a Internet das Coisas Médicas não é diferente.

Atualmente, a maior barreira que essa tecnologia vem enfrentando para se tornar parte da vida e da rotina – tanto de médicos, quanto de pacientes – são os custos, que tornam o acesso a essas facilidades algo acessível somente para as camadas da população com poder aquisitivo mais alto.

Dispositivos com IoMT não são disponibilizados pelo SUS e ainda não estão presentes na maior parte das clínicas e hospitais brasileiros, mas o problema também acontece em outros países.

A falta de informações sobre essa tecnologia entre os pacientes também acaba dificultando, e muito, o uso dessa tecnologia em uma escala mais larga.

Os adeptos das teorias conspiratórias trabalham a todo vapor para difamar a IoMT, assustando pacientes, que passam a rejeitar a tecnologia com base nessas ideias.

Com admirável criatividade, esses teóricos criam enredos dignos de produções de ficção científica, chegando até a associar os maiores avanços tecnológicos da atualidade a algumas profecias bíblicas.

Um exemplo disso (dos mais absurdos) foram os ataques e críticas feitos à atriz Fernanda Montenegro que, à época de seu já citado acidente doméstico, precisou implantar um chip (ou a “Marca da Besta”) em seu pulso para eventuais emergências.

Mas é possível acreditar que, dentro de alguns anos, a IoMT possa vir a ser parte da realidade de todas as camadas da população, aprimorando a medicina atual para melhorar e até salvar cada vez mais vidas.

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